
A Faculdade de Educação promove o Sarau da Saúde Mental
Com diversas atividades em comemoração ao dia 18 de Maio, Dia Nacional da Luta Antimanicomial
A Faculdade de Educação, por meio de Projeto de Extensão coordenado pela professora Gardenia de Souza Furtado Lemos, promove o “Sarau (R)Existimos. Tecendo prosas, versos, cantorias e autonomias como cuidado em saúde mental”, que objetiva visibilizar saberes compartilhados na RAPS (Rede de Atenção Psicossocial) goiana. São diversos tipos de atividades culturais e artísticas, a exemplo da pintura, da escrita, da música, dos sons e da poesia e a intenção é oportunizar formas de expressões coletivas e individuais em sua diversidade; a manutenção e o desenvolvimento da autonomia e da liberdade no cuidado em saúde e na construção de uma sociedade mais justa e saudável.
O Sarau será realizado neste mês em comemoração ao dia 18 de Maio, dia Nacional da Luta Antimanicomial, um importante marco da Reforma Psiquiátrica e luta antimanicomial brasileira, que teve inspiração nas experiências de Franco Basaglia e com intensa participação de trabalhadores(as), em especial do setor saúde, pesquisadores(as) e movimentos sociais, questionou as bases teóricas e metodológicas do modelo hospitalocêntrico do cuidado em saúde mental.
A atual conjuntura sanitária, econômica, política e social do país, evidencia ainda mais a nossa histórica desigualdade social ao tempo em que ressalta a fragilidade das políticas públicas de proteção social. Os equipamentos, os serviços e o funcionalismo públicos vêm sendo sucateados e subfinanciados há tempos, e isso afeta a toda sociedade, direta ou indiretamente. Em relação aos serviços públicos de saúde mental, além das dificuldades inerentes à situação da condução da pandemia, e o subfinanciamento estatal, ainda são frequentes a incompreensão ou o desconhecimento acerca do modelo de cuidado em saúde mental em liberdade, ofertado pelos serviços e equipamentos da RAPS, com destaque aos Centros de Atendimento Psicossocial (CAPS), em substituição ao modelo centrado na internação hospitalar. A atividade proposta se justifica pela relevância em visibilizar o cuidado em liberdade, de denunciar os retrocessos apresentados pelo poder público (municipal, estadual e federal), resistir e impedir os desmontes e pressionar por políticas públicas que protejam a vida, a saúde, os direitos e autonomia, e, por meio da arte e cultura populares, valorizar e resgatar histórias, biografias e subjetividade de pessoas em sofrimento psíquico ou com necessidades de saúde decorrentes do uso de álcool e outras drogas. Envolve diferentes unidades da UFG: além da FE, estão envolvidas também a FEFD, IPTSP, EMAC e MA.
A professora Gardenia, coordenadora, destaca a importância deste projeto que, partindo do pressuposto da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão apontados como um paradigma de uma universidade socialmente referenciada, estimula a reflexão crítica sobre a formação em psicologia, suas possibilidades e seus limites. “Pensar a formação em psicologia comprometida com uma visão não segregacionista do “louco e da loucura”, que compreenda a saúde mental como um direito de todos(as), inclui dialogar com outros saberes e fazeres e se aproximar de questões da psicologia social, das práticas clínicas, das políticas públicas sociais, também de saúde coletiva, da saúde do trabalhador, entre outras, provocando, cada vez mais, sentidos, construções amplas e inovadoras ao proposto pelas diretrizes curriculares nacionais. Ao nos aproximarmos e fomentarmos a interlocução com diferentes territórios e dispositivos de saúde mental, reforçamos a concepção ampliada de saúde, que considera os impactos da organização social da produção na vida e nas condições de desigualdade, incluindo alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da terra e acesso a serviços de saúde como condições necessárias para se garantir a saúde”, afirma.
Sarau (R)Existimos.Tecendo prosas, versos, cantorias e autonomias como cuidado em saúde mental
Período: 16 a 20 de maio de 2022
DATA: 16/05 Segunda-feira
Mesa de Abertura: “Nada de nós sem nós”
Horário: 14 h
Local: Canal do Youtube da UFG
Realização: RAPS goiana e UFG
DATA: 17/05/2021 Terça-feira
Cineclube
Horário: 15h
Local: Museu Antropológico UFG (presencial) e virtual
Realização: Equipe Comunicação e mídia
Dia 18/05/2021 Quarta- feira
Ato público em Goiânia
Horário: 8h30
Local: Paço Municipal
Realização e divulgação de atividades políticas e manifestações de todos os serviços do estado de Goiás para o Dia Nacional de Luta Antimanicomial.
Horário: dia todo
Participantes: Trabalhadores(as), Usuários(as) e familiares da RAPS, docentes e discentes
Formato: Virtual Assíncrono
DATA: 19/05/2021 Quinta-feira
Atividade 1 (19/05) Programa Mundo UFG/ TV UFG
Tema: Semana da luta antimanicomial e Sarau (R)Existimos 2022. Tecendo prosas, versos, cantorias e autonomias como cuidado em saúde mental
Realização e divulgação de atividades políticas e manifestações de todos os serviços do estado de Goiás para o Dia Nacional de Luta Antimanicomial.
Horário: dia todo
Participantes: Trabalhadores(as), Usuários(as) e familiares da RAPS, docentes e discentes
Formato: Virtual Assíncrono
DATA: 20/05/2021 Sexta-feira
Horário: 14h
Atividade: Bingo da Luta Antimanicomial - Homenagem à AUSSM
Brindes: Produção da RAPS e doações
Formato: Virtual síncrono (ao vivo)
Local: Google Meet
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