Tecnologias de Informação e Comunicação

Em 23/12/11 00:01. Atualizada em 24/07/12 11:03.

 

Tecnologias de Informação e Comunicação na Produção Cultural para Crianças e Adolescentes

VENCEDOR NACIONAL
PRÊMIO TELEMAR DE INCLUSÃO DIGITAL

Projeto desenvolvido em parceria com a Faculdade de Educação
e Faculdade de Comunicação e Bibloteconomia

Tecnologias de Informação e Comunicação
na Produção Cultural para Crianças e Adolescentes
Vencedor Nacional categoria Universidade


O Instituto Telemar criou, em 2004, o Prêmio Telemar de Inclusão Digital como uma forma de reconhecimento e estímulo às pessoas e Organizações empenhadas em gerar novas oportunidades de acesso ao conhecimento e à cidadania para os brasileiros, integrando-os no universo da tecnologia digital.

Ana Clara de Britto Guimarães
Locutora do Programa de Rádio Sopa de Letras


07.12.05
Festa da cidadania

Na ocasião, organizações e personalidades de todas as regiões brasileiras foram premiadas pela contribuição em favor da redução das desigualdades sociais.

No palco montado do lado de fora do Centro Cultural, o diretor superintendente do grupo Telemar e presidente da Oi Luiz Eduardo Falco abriu a cerimônia de entrega do II Prêmio Telemar de Inclusão Digital falando da importância dessa iniciativa para uma empresa como a Telemar, líder em tecnologia:“O grande vencedor é o próprio Prêmio que através da tecnologia nos uniu numa grande rede de empreendedores sociais.” Para ele, os 401 inscritos comprovam a criatividade do brasileiro. “Por si só, eles já são um prêmio para o Brasil.”

Faculdade de Educação/UFG
Ana Clara de Britto Guimarães (9 anos) Locutora do Programa de Rádio Sopa de Letras

 

Festa tecno - A cerimônia da segunda edição do Prêmio Telemar de Inclusão Digital teve direção assinada pelo ator Luis Salém e foi marcada pelo dinamismo e inovação.

De qualquer ponto do Centro Cultural Telemar, o público pôde acompanhar os apresentadores do evento – o ator e escritor Michel Melamed e a atriz Nívea Helen – na entrega de troféus e diplomas aos 34 vencedores. Transformado numa espécie de superestúdio de TV, o Centro Cultural deu um show de tecnologia ao transmitir ao vivo tudo o que acontecia nos diversos palcos montados no prédio.

Nos intervalos da premiação das cinco categorias premiadas, o público acompanhou performances da companhia Troupe Volante, integrada por ex-dançarinos da Intrépida Trupe, e apresentações dos grupos musicais Pequenos Mozart e Olodumaré.

A cerimônia promoveu também uma intensa troca de experiências entre os vencedores. “Aqui entrei em contato com a professora Célia Fonseca, do projeto Intercâmbio dos Saberes (Caiacó e Parelhas/RGN), e combinamos realizar um intercâmbio entre nossos alunos através da Internet”, afirma Nogueira.

Na festa ficou claro que o tema inclusão digital ultrapassa o conceito de acesso à Internet, abrangendo também a multiplicação do conhecimento na área de programação. Essa é a bandeira defendida pelo vencedor da categoria Personalidade, o sociólogo criador do programa federal Casa Brasil, Sérgio Amadeu da Silveira: “O importante é vincular o Software Livre à Inclusão Digital. A utilização desses softwares permite que o país capacite sua população, fazendo do usuário um programador. Existem muitos jovens com talento para a programação”, justifica Amadeu.

Com o sentido de dever cumprido, o presidente do Instituto Telemar José Augusto da Gama Figueira, parabenizou todos os protagonistas de um Prêmio que “reafirma nosso compromisso de reconhecer e homenagear as melhores iniciativas desenvolvidas no país.” Na despedida de José Augusto, uma esperança a mais para todos aqueles que trabalham pela causa da inclusão digital: “Nos veremos novamente em 2006”.

Conheça os vencedores do II Prêmio de Inclusão Digital:

Personalidade Nacional

Sérgio Amadeu da Silveira é sociólogo, mestre e doutor em Ciências Políticas pela USP. Foi presidente do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação e um dos idealizadores do projeto telecentros da prefeitura de S. Paulo, tendo coordenado sua implantação. Militante do movimento do software livre foi um dos criadores do projeto Casa Brasil do Governo Federal. Autor dos livros “Exclusão Digital: a miséria na era da informação” e “Software Livre: a luta pela liberdade do conhecimento”. Trabalha atualmente na montagem de uma rede de capacitação de jovens empreendedores para dar suporte em software livre nas residências brasileiras e na disseminação de ferramentas livres de expressão da cultura digital para as comunidades carentes.

Categoria universidades, faculdades, centros de estudo e pesquisa:
Vencedor Nacional

Tecnologias de informação e comunicação na produção cultural para crianças e adolescentes, Fundação de Apoio à Pesquisa, GO.

 Ana Clara de Britto Guimarães (9 anos) Locutora do Programa de Rádio Sopa de Letras

Sopa de letras

O programa de rádio “Sopa de Letras”, criado para despertar o prazer pela leitura, sintetiza o espírito desse projeto de inclusão digital que pode ser replicado nacionalmente e beneficia pessoas de todas as idades. Trata-se de um trabalho pedagógico, que considera a comunicação como instrumento de inclusão social e se fundamenta na leitura como elemento propulsor. O material cultural e pedagógico, produzido a partir das tecnologias de informação e comunicação, criam vínculos entre o saber local das comunidades periféricas e o fazer universitário, como representação do saber global.

José Augusto da Gama Figueira - Presidente do Instituto Telemar

Região Norte/Nordeste

1º lugar – Programa de Desenvolvimento de Organizações Carentes e Popularização do Uso da Informática (Proinfo), da Universidade de Salvador (Unifacs)
Responsável Técnico: Carlos José da Silveira

Aprender fazendo

Aqui, os alunos buscam a aplicação prática imediata para as ferramentas teóricas obtidas em sala de aula. Contatadas pelos alunos, as organizações interessadas se tornam parceiras e fornecem informações reais sobre sua rotina operacional, dando início a uma nova rede. O sistema é instalado nas dependências do usuário e acompanhado com treinamento, customização e manutenção gratuita durante dois anos. São 4.500 beneficiários diretos (instituições carentes de informação tecnológica, por falta de recursos financeiros), além de 3.500 indiretos.

2º lugar – Tabuleiros Digitais, da Universidade Federal da Bahia
Responsável Técnico: Nelson De Luca Pretto

Do acarajé ao computador

O tabuleiro da baiana do acarajé, imortalizado na música de Caymmi, inspirou o projeto inovador do Tabuleiro Digital. O tabuleiro tradicional, acompanhado de um banquinho sem encosto, apóia os computadores e sinaliza dois pontos-chave da proposta: informalidade e rapidez. São ilhas de dois ou quatro computadores, com instalações embutidas na parte central; rodam diretamente do CD, com uma versão customizada do software livre Kurumin. Assim, há poucos problemas de instalação de programas, vírus e configurações. Com 5 mil beneficiários diretos e 5 mil indiretos, os Tabuleiros potencializam o acesso público, gratuito e rápido à Internet.

3º lugar – Servidor de Estações de Trabalho (SET), Universidade Federal do Pará
Responsável Técnico: Raimundo Viégas Júnior

Em rede, o computador popular

Redução nos custos de software, hardware e gerenciamento. É o computador popular em forma de rede, resultado do projeto da Universidade Federal do Pará. A solução consiste em ligar dezenas de estações de trabalho a um servidor de aplicações GNU/Linux, onde estão instalados os recursos comuns compartilhados pela rede. Solução econômica para levar aplicativos (software livre) e Internet a escolas, postos de saúde, microempresas e pequenas comunidades, reduzindo a exclusão digital. O projeto contempla 4 mil beneficiários diretos, como estudantes de baixo poder aquisitivo da Universidade Federal do Pará.

Região Sudeste

1º lugar – Biblioteca Virtual do Estudante de Língua Portuguesa, Fundação de Apoio à USP
Responsável Técnico: Prof Fredric Michael Litto

O sucesso em favor da língua

A Biblioteca Virtual do Estudante de Língua Portuguesa (http://www.bibvirt.futuro.usp.br) oferece, gratuitamente, recursos educacionais a estudantes e professores do ensino fundamental ao universitário. Com isso, ajuda a suprir a carência de bibliotecas escolares no país; e de material de qualidade, em língua portuguesa, na Internet. A iniciativa estimula o interesse pela leitura, contribui para a criação de infra-estrutura de ensino a distância e favorece a inclusão digital. A Biblioteca Virtual conta com uma visitação diária de cerca de 15 mil usuários.

2º lugar – Ambiente Potencializador para a Inclusão, Unesp, SP
Responsável Técnico: Klaus Schlünzen Junior

Resgate da auto-estima

O Ambiente Colaborativo de Aprendizagem, denominado API, está instalado no Laboratório Didático de Informática da FCT/Unesp, em Presidente Prudente (SP). Como promover a inclusão digital e social de 33 pessoas com necessidades especiais – síndrome de Down, paralisia cerebral, deficiência auditiva, visual e hiperatividade? A resposta encontrada pelo Núcleo de Educação Corporativa adota, como estratégia de trabalho, o desenvolvimento de projetos articulando as tecnologias de informação e comunicação como ferramentas para potencializar as habilidades.

3º lugar – Laboratório de Acessibilidade – Lab: um ambiente Inclusivo de Pesquisa, Ensino e Aprendizagem, Unicamp, SP
Responsável Técnico: Luiz Atílio Vicentin

Tecnologias da inclusão

A inclusão de portadores de deficiências tem sido amplamente facilitada pelo uso das novas tecnologias. O Lab, para onde convergem trabalhos de diversos grupos de pesquisadores da Unicamp, é um exemplo. Hoje, são 87 beneficiários diretos de um projeto que começou para atender uma estudante cega, Fabiana Bonilha, aluna do Instituto de Artes. Em 2003, ela ingressou em um programa de pós-graduação para pesquisar Musicografia Braille. Concluiu todos os créditos e, apoiada pelo Lab, foi aprovada para ingressar no programa de Doutorado. Sua história é motivo de alegria para toda a comunidade.

Região Sul/Centro-Oeste

1º lugar – Programa de Inclusão Digital na Universidade Federal do Paraná: uma prática de Extensão

Laboratórios da inclusão

Mais de 9 mil pessoas da comunidade externa à UFPR participaram, entre 2003 e 2005, de cursos destinados à iniciação em Informática e montagem de microcomputadores. As aulas, ministradas em laboratórios com equipamentos de alto desempenho, por alunos dos cursos de Ciências em Computação, se baseiam em tecnologias livres, com a oferta de módulos Linux e Open Office. O objetivo geral do projeto é oferecer treinamento de Informática à comunidade, visando a educação tecnológica e cidadã, para o enriquecimento do currículo individual e conseqüente melhoria da empregabilidade.

2º lugar – CineCidade, PUC-PR e Fundação Cultural de Curitiba

Pelas lentes da inclusão

A proposta do CineCidade é promover, anualmente, a inclusão social de cem jovens de diversas regiões de Curitiba e áreas próximas, por meio da qualificação profissional em produção de audiovisuais. Ao vivenciarem o que ocorre por trás das câmeras, os participantes ganham nova visão do papel dos meios de comunicação. O olhar sobre si mesmo, seus colegas, limites e potencialidades também se amplia. A produção coletiva exige o repensar das relações humanas, levando em conta as diferenças e o respeito à individualidade.

3º lugar – Inclusão Digital Todimo / Unirondon, Associação Educacional Presidente Dutra, MT

Parceria de sucesso

Empenhada em reduzir os índices de analfabetismo digital, a empresa Todimo (MT) montou uma estrutura física para a implantação do projeto e firmou parceria com o Centro Universitário UniRondon. Através de seus alunos e professores, o Centro gerou mão-de-obra voluntária para ministrar aulas de Informática a alunos carentes. Para a UniRondon, sua participação integra o tripé comunidade-conhecimento-pesquisa, uma das diretrizes de sua missão. Tanto para a escola como para seus alunos, o grande ganho é o crescimento pessoal e a expansão dos horizontes, como cidadãos digitalmente incluídos.

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