Iniciação Científica

Iniciação científica e bolsa de iniciação científica

A iniciação científica é um instrumento que permite introduzir os estudantes de graduação potencialmente mais promissores na pesquisa científica. É a possibilidade de colocar o aluno desde cedo em contato direto com a atividade científica e engajá-lo na pesquisa. Nesta perspectiva, a iniciação científica caracteriza-se como instrumento de apoio teórico e metodológico à realização de um projeto de pesquisa e constitui um canal adequado de auxílio para a formação de uma nova mentalidade no aluno. Em síntese, a iniciação científica pode ser definida como um instrumento de formação de recursos humanos qualificados.

A iniciação científica é um dever da instituição e não uma atividade eventual ou esporádica. É isso que permite tratá-la separadamente da bolsa. A iniciação científica é um instrumento básico de formação, ao passo que a bolsa de iniciação científica é um incentivo individual que se operacionaliza como estratégia de financiamento seletivo aos melhores alunos, vinculados a projetos desenvolvidos pelos pesquisadores no contexto da graduação ou pós-graduação. Pode-se considerar a bolsa de iniciação científica como um instrumento abrangente de fomento à formação de recursos humanos. Nesse sentido, não se pode esperar que todo aluno em atividade de iniciação científica tenha bolsa. É fundamental compreender que a iniciação científica é uma atividade bem mais ampla que sua pura e simples realização mediante o pagamento de uma bolsa.


A Iniciação Científica no CNPq

As bolsas de iniciação científica surgiram desde a criação do CNPq, em 1951, em número reduzido, e atendiam a poucas áreas do conhecimento. A partir de 1972, o número de bolsas teve considerável aumento, atingindo, em 1986, o número de 2.000. Elas só se tornaram significativas na década de 90, quando, em cinco anos, o CNPq concedeu mais de 65% do total de bolsas de iniciação científica distribuídas em seus 50 anos. Atualmente, elas são da ordem de 19.000 (somadas as bolsas do PIBIC e de Projeto Integrado) e representam mais de 40% das bolsas concedidas pelo CNPq em todas as modalidades. A concessão dessas bolsas sempre se deu mediante a participação do Comitê Assessor do CNPq.


Processo de seleção de orientadores, projetos e bolsistas


Este processo é um dos mais importantes do Programa, pois trata-se de uma responsabilidade delegada às instituições e deve ser o mais transparente possível, com critérios amplamente discutidos e divulgados. Cuidado especial deve ser dado na análise do histórico escolar dos alunos, de tal forma que, em todas as áreas, os candidatos estejam com coeficiente de rendimento escolar no terço superior do alunado de seus respectivos cursos. Todas as instituições têm que contar com a presença de consultores externos, para garantir, entre outros aspectos, maior isenção no processo. Visando ampliar e dar oportunidade de participação a novos orientadores no Programa, estabeleceu-se o limite de até dois bolsistas para cada orientador com titulação de doutor e um para cada orientador com titulação de mestre, exceção feita às instituições das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste (excluído o Distrito Federal), cujo número de bolsistas por orientador poderá ser de até três para doutor e até dois para mestre. A bolsa deve ser proposta pelo orientador somente depois que estiver convicto de que o aluno tem interesse pelo projeto de pesquisa e tempo disponível para executá-lo, sem prejuízo para suas atividades escolares. Sugere-se que seja disponibilizado, em cada instituição, 5% da quota de bolsas para os recém-doutores concorrerem entre si ao processo seletivo. Será considerado recém-doutor aquele que defendeu sua tese há, no máximo, dois anos.

 

 

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